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O processo de produção do capital



O Processo de Produção do Capital

Introdução

Para entender o processo de produção de capital precisamos percorrer todo um processo que vai desde a mercadoria ao processo de trabalho como sugere Marx em sua obra O Capital, no qual usarei como base para o desenvolvimento desse seguinte estudo.

Desenvolvimento

Capital para Marx seria basicamente o conjunto de bens produzidos pelo homem com intuito de produzir outros bens, mediante a isso, temos diversos fatores que incidem no processo de produção de capital. O primeiro fator seria a mercadoria (uma coisa que satisfaz determinada necessidade humana) que possui dois fatores: O valor de uso e o valor de troca, o primeiro seria uma condição necessária para que determinado produto seja trocado de acordo com a sua utilidade, diferente do primeiro o valor de troca aparece como uma relação quantitativa, ou seja, uma proporção na qual os valores de uso se trocam com outros valores de uso.
Para Marx, há um duplo caráter na mercadoria, inicialmente representado no valor de uso e de troca, e o trabalho passa a adquirir outras características a partir de sua inserção como produtor de valor de uso.
Marx, em sua obra (O Capital), afirma que há os possuidores de mercadorias, que são responsáveis pelo processo de troca, ele afirma que “O que distingue sobretudo o possuidor de mercadoria desta última é que para ela cada outro corpo de mercadoria conta apenas como forma de manifestação de seu próprio valor”. Um valor de uso criado para determinada pessoa que além de ter a dimensão do valor de uso é portadora de valor de troca, o que dá uma característica alienada, pois ele a aliena por mercadoria cujo o valor satisfaça suas necessidades. A mercadoria se realiza, como valor, na troca. E, o possuidor de mercadorias, quer, sobretudo, realizar sua mercadoria enquanto valor, mesmo que a sua própria mercadoria tenha ou não valor de uso para o possuidor de outra.


A forma de dinheiro é apenas um reflexo aderente a uma única mercadoria das relações de todas as outras mercadorias. Para Marx, “O processo de troca dá à mercadoria, a qual é por ele transformada em dinheiro, não o seu valor, porém sua forma valor específica”. Contudo, a confusão entre essas duas determinações fez o valor do ouro e da prata como imaginários, podendo o dinheiro ser substituído, em certas funções, por signos dele mesmo.

Marx especifica a medição de valores, tomando o ouro como mercadoria monetária, a primeira função do ouro baseia-se em fornecer ao mundo das mercadorias o material para sua expressão de valor ou em representar os valores das mercadorias como grandezas de mesma denominação qualitativamente iguais e quantitativamente comparáveis. Então, ele funciona como medida geral dos valores. Marx é claro em afirmar que “ é apenas por meio dessa função que o ouro, a mercadoria equivalente específica, se torna inicialmente dinheiro”. O dinheiro, como medida de valor, é a forma necessária de manifestação da medida imanente do valor das mercadorias, que seria o tempo de trabalho.
A grandeza de valor passa a ser fixada em preço, uma relação de troca de uma mercadoria com a mercadoria monetária.
O dinheiro é transformado em capital a partir da circulação de mercadorias, o produto da circulação de mercadorias é a primeira forma de aparição do capital. Em O Capital(p.221), Marx afirma que

Historicamente, o capital se defronta com a propriedade fundiária, no início, em todo lugar, sob a forma de dinheiro, como fortuna em dinheiro, capital comercial e capital usurário. No entanto, não se precisa remontar à história da formação do capital para reconhecer o dinheiro como a sua primeira forma de aparição. A mesma história se desenrola diariamente ante nossos olhos. Cada novo capital pisa em primeira instância o palco, isto é, o mercado, mercado de mercadorias, mercado de trabalho ou mercado de dinheiro, sempre ainda como dinheiro, dinheiro que deve transformar-se em capital por meio de determinados processos”.

Porquanto dinheiro sob forma de dinheiro e dinheiro sob forma de capital se diferenciam, primeiramente, por sua forma de circulação. A forma direta de circulação de mercadorias é M — D — M, o que seria a transformação em dinheiro da mercadoria e a retransformação da mercadoria em dinheiro, porém temos uma segunda forma que seria D — M — D, transformação de dinheiro em mercadoria e retransformação de mercadoria em dinheiro, comprar para vender(formulas retiradas de O Capital, onde Marx afirma que seu ponto de partida pode ser por meio de renovação ou repetição de todo percurso).
Na expressão M-D-M, que caracteriza a produção simples de mercadorias, onde se configura o trabalho pessoal e o fato de os próprios artesãos ou camponeses serem os donos do meio de produção que necessitavam, sendo assim, o capital mercantil constitui-se de capital comercial e capital do comércio do dinheiro, onde a posse do dinheiro não era o objetivo, mas sim, um meio de troca entre as mercadorias, onde podiam comprar produtos à preços baixos, para vende-los a preços altos.                
 Já na expressão D-M-D’, temos uma situação bem distinta, onde a acumulação de capital está no objetivo principal. No modo de produção capitalista, o trabalho pessoal desaparece e um novo protagonista surge: o capitalista. Este será o detentor dos meios de produção, que para produzir mercadorias compra a força de trabalho humano.            
Mas essas mercadorias já não são apenas valores de uso; são produtos sociais que têm em comum o fato de ser fruto do trabalho humano, sendo produtos que foram materializados pela força humana, onde o valor dessa mercadoria gerada pelo trabalho humano é determinado pela quantidade de trabalho nela contida, ou seja, só se expressa na relação de troca, convertendo a mercadoria em dinheiro, o objetivo do capitalista.

Contudo a circulação do dinheiro sob forma de capital é uma finalidade, porque a valorização só existe dentro desse movimento sempre renovado.
Marx aborda a temática do processo de trabalho e processo de valorização, sendo o primeiro uma relação entre o homem e a natureza, um processo em que o homem por sua própria ação media a natureza para satisfazer suas necessidades, dentro disso o homem precisa, primeiramente, de elementos simples que são: objetos de trabalho, meios de trabalho e o trabalho executado pelo homem. O processo se extingue no produto, este que é um valor de uso. Nesse processo há o processo de valorização, que é um processo no qual o capitalista produz um valor de uso com intuito de ter valor de troca, algo destinado à venda, além de produzir valor de uso e valor de troca, quer também mais-valia. No qual ocorre um processo de valorização de acordo com o calculo de trabalho materializado na mercadoria.

Conclusão

O trabalho é a base da atividade econômica, onde são criados os valores que constituem a riqueza material, é onde o homem se realiza
A força de trabalho é a energia humana, que no processo de trabalho, é utilizada para transformas objetos de trabalho em bens úteis a satisfação das necessidades humanas.
O valor da força de trabalho é determinado pelo tempo socialmente necessário para reproduzir os bens que permitem ao trabalhador a sua reprodução.
Nesse sentido o valor de troca interessa ao trabalhador que vende a sua força de trabalho ao capitalista, que se apropria da sua força mediante o pagamento do salário, o que é uma forma de existência do seu capital. O valor de uso interessa ao capitalista que busca na mercadoria força de trabalho uma fonte de valor, e, portanto, criando um valor, a força de trabalho, deve ser de caráter útil, enquanto propicia a produção de objetos com qualidades específicas.

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